quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Flu estreia em jogo tenso na Libertadores 2012


Fluminense inicial - clique na imagem p/ ampliar

 A estreia do primeiro time brasileiro na fase de grupos da Libertadores 2012 não foi fácil como se esperava, ou assim acabou acontecendo. O ímpeto inicial do Fluminense, que acossou o time argentino Arsenal logo nos primeiros minutos, resultou no gol de Fred antes dos três minutos, em jogada de Carlinhos numa bola na linha de fundo cruzada para trás.

O que, curiosamente, apetece aos times brasileiros, principalmente aos cariocas, é o descaso com o resultado mínimo obtido. É nítido que vários clubes ao abrir o placar, relaxam de uma forma absurda, e deixam seus adversários crescerem no jogo. Não é exclusividade do Flu.

Tecnicamente, o time argentino tinha suas peças interessantes como Leguizamon, um bom meio campo de passes e lançamentos, e um bom atacante em Zelaya, sempre perigoso nas bolas altas na área tricolor. Mas o problema estava na marcação do time carioca. Deco por seguidas vezes parou o jogo com faltas no meio campo, e perigosamente não foi expulso ––devido ao estilo de arbitragem das competições sul-americanas. Num campeonato nacional, teria grande chance de ter sido o primeiro expulso do jogo.

Isso ressalta o desequilíbrio da marcação do Fluminense. Fred é de grande ajuda na área em jogadas de escanteio e faltas da intermediária, mas não dá combate na saída de bola do adversário, assim como Wagner e Sóbis que não fizeram um bom trabalho de recomposição do time. Por diversas vezes Diguinho ou Edinho saíam para o jogo e deixavam a defesa exposta aos contra-ataques. A defesa sempre esteve muito próxima da área e do gol, afastada do meio campo.

Carlinhos, apesar do passe ao gol, deixou seu setor desprotegido por diversas vezes, sendo lembrado até mesmo durante a transmissão da Fox Sports, quando o repórter de campo ouviu Deco dizer a Abel Braga que o lateral deveria guardar posição, pois o jogo já estava no fim.

O Fluminense não precisa demonstrar “espírito de Libertadores”. Esta equipe que recebeu a alcunha de “time de guerreiros” parece querer botar à prova sempre que possível que tem raça, e acabou levando o objetivo a sério demais. Isto somado a confusa arbitragem do paraguaio Antônio Árias, levaram o time as expulsões de Wagner (injustamente na minha opinição) e de Leandro Euzébio, o único zagueiro de confiança do elenco.

Menção honrosa: Fred foi o líder de sempre, gritou, gesticulou e até tentou arrumar o time em campo, além claro, do gol marcado logo no início. Juntamente com Deco, levou o Flu à vitória obrigatória como mandante na Copa Libertadores.






3 comentários:

  1. Um tanto decepcionante para o torcedor, mas compreensivo em questão de Libertadores. Ganhando bonito ou feio, o que importa, pelo menos na fase de grupos, é vencer. Jogo muito truncado, com um juiz atrapalhado e Leandro Euzébio destrambelhado. Valeu pelos 3 pontos.

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  2. Tenho certeza que o que aconteceu ontem não foi descaso. Quem acompnhou todos os jogos do Flu desse ano sabe do que estou falando. O time é muito mal treinado, não há movimentação sem a bola, nem organização tática. Quem segue às riscas as ordens do treineiro Jabel é o Rafael Sóbis, que por se esforçar em cobrir a lateral direita, acaba sumindo do jogo. Além disso, percebe-se uma clara displicência em certos jgadores. Já em outros, casos de Bruno e Anderson, não demonstram ter capacidade de envergar uma camisa de time grande. Tremeram o jogo inteiro. Ainda há a treimosia do Jabel por jogadores que veêm mal há algum tempo, casos de Edinho, Diguinho e Wágner.
    Talvez o que mais faça falta a esse time, que deu aquele grande arrancada o ano passado, são as faltas de jogadores rápidos e explosivos, Marquinho e (principalmente) Mariano, que eram a válvula de escape da equipe.

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    1. Concordo Filippe, Mariano já está fazendo muita falta ao time, acho que o Flu não pesou bem sua venda, sempre foi solução no time. Mas tem elenco, não pra ser tão veloz como em 2010 ou 2011, mas mais cadenciado.

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