sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Podcast Conversas & Futebol #1

 

Olá pessoal, segue o programa piloto do podcast feito por Rapahel Phields, este que vos fala e pelo Raphael Bandeira. Confiram ai!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sem grande atuação, Barça vence Leverkusen na Alemanha


Após sofrer um revés no Campeonato Espanhol para o Osasuna, e ver o rival Real Madrid abrir dez pontos de vantagem no campeonato doméstico, o Barcelona precisava fazer uma boa partida contra o Bayer Leverkusen pelo primeiro jogo que decide as oitavas de final da Liga dos Campeões. Não fez. Um amigo, fã de futebol, sempre me diz após uma partida, abaixo da média, dos culés: “Como tem sorte o Barcelona”.

Talvez não seja sorte, mas sim “diminuição de azar”. Porque mesmo num dia que o time não rendeu como sempre é esperado, o Barcelona teve 75% de posse de bola, jogando fora de casa. Tivera a equipe alemã o ímpeto do segundo tempo, quando marcou um gol logo nos primeiros minutos, a história do jogo poderia ser outra. Com pouquíssima posse de bola, teve oito finalizações, sendo quatro no gol. Lembrando da bola na trave de Castro, que teria empatado o jogo em 2x2 ainda com 18 minutos do segundo tempo.
Imprensa espanhola brinca com o nome Bayer, empresa das aspirinas. Não há esse
tipo de comentário na imprensa brasileira, que evita "propaganda grátis"
Foto: Sport.es

Novamente, o Barça entrou com Mascherano na zaga, e Piqué, surpreendentemente, nas tribunas, já que não estava lesionado. Sem Xavi, Guardiola escalou Fàbregas no meio, e colocou o lateral esquerdo Adriano mais a frente, no ataque, junto a Messi e Sánchez. O esquema tático era o “tradicional” de outros tempos, no 4-3-3 tão usado pelo time, com troca de posições entre o ataque e os jogadores do meio e intensa movimentação.

 O Bayer montou um esquema defensivo, como deveria ser, com duas linhas de quatro bem próximas, às vezes com um jogador entre elas, às vezes com esse jogador recuado e formando uma linha de zaga com cinco jogadores. O ex-flamengo Renato Augusto, no primeiro tempo ocupou o lado esquerdo da linha de mais, tendo sido adiantado ao ataque, na metade final da partida.

Assim, o time espanhol só conseguiu abrir o placar aos 41 min. justamente quando a linha de zaga estava à frente, e sofre contra-ataque em passe de Messi para Sánchez. O Bayer empatou logo no início do segundo tempo, em jogada pelo alto, com Kadlec, de 1,83m em cima de Daniel Alves, e seus 1,71m. Novamente adiantada, três minutos após empatar, o Bayer viu Sánchez receber passe longo de Fàbregas, e marcar o segundo gol. No fim, Messi deixou sua marca, após cruzamento de Daniel Alves, tornando-se o maior artilheiro da fase de mata-mata da Liga dos Campeões com 19 gols.

Menção honrosa: Ao próprio Barçelona. Mesmo quando jogal mal, para o padrão Barcelona de qualidade, vence por 3x1. E ao próprio Bayer Leverkusen. Jogaram como equipe, sempre marcando em cima, tivessem acreditado um pouco mais, poderiam ter conseguido um placar que deixasse o resultado em aberto para próxima fase.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Vasco 100% na Guanabara bate Fluminense em jogo de arbitragem sofrível

Besteiras à parte do árbitro Antônio Frederico Schneider, o clássico carioca entre Vasco e Fluminense foi mais um exemplo da fase diferente de cada um destes clubes cariocas. O Vasco, que entrava em campo com o peso da derrota em casa no primeiro jogo da Libertadores, tinha que mostrar a torcida que o trabalho de 2011 permanecia com o técnico (interino? De fato?) Cristóvão Borges. Já o Fluminense desfilava suas contratações, com a entrada de Thiago Neves como titular, invertendo o lado com Rafael Sóbis, praticamente repetindo a escalação e o esquema do jogo contra o argentino Arsenal.

O problema do Fluminense é de identidade. O ano virou, mas o time não reparou que Mariano não está mais lá pela lateral direita, subindo com qualidade e dando opções ao ataque. Se Deco está bem como nunca esteve, e é um maestro de fato, a zaga volta a vacilar em lances bobos. A defesa é o ponto central. Qualidade não falta ao Flu, mas sim uma consciência de que a zaga não pode ficar exposta ou então com apenas dois volantes atrás da linha da bola.

Já o Vasco precisava desse tipo de jogo. Mesmo com Juninho poupado, o time lembrou o bom futebol de 2011, e que deve mostrar com a continuidade da temporada de 2012.  São ótimas variações táticas que lembraram o time campeão da copa do Brasil. De fato, Fágner fez muita falta na estreia da Libertadores, bem como Bernardo. O time precisa de velocidade, que nunca irá encontrar em Alecsandro e Diego Souza.

O time se arma, às vezes com três volantes, com Felipe escapando pela esquerda para armar o time. Altera para um losando no meio, e também joga com três meias-atacantes, como num 4-2-3-1. Bárbio entrou no jogo, e caia pelo dois lados do campo, auxiliando o ataque e dando o primeiro combate na saída de bola tricolor.

Menção Honrosa: Alecsandro foi o jogador que se espera que ele seja, e que muitas vezes não acaba sendo – o goleador. Ao Fluminense, como tem acontecido na temporada, fino toque de Deco para Thiago Neves, que nem precisou ajeitar a bola, após uma ótima linha de passe.

Corinthians mantém escrita recente contra São Paulo, ainda em formação


Mesmo poupando alguns titulares do setor ofensivo, o Corinthians manteve sua escrita atual de vencer o São Paulo como mandante jogando no estádio do Pacaembu. O placar não saiu do magro 1x0, mas quem assistiu ao jogo viu o time alvinegro tomar a iniciativa na partida, e manter uma posse de bola superior, com 55% até os 35 min. iniciais do primeiro tempo.

Sem Liédson, Emerson e Alex, o Corinthians manteve seu padrão de jogo com Élton, ex-Vasco, como homem de área, Danilo pelo meio, na linha de três meias-atacantes, com Jorge Henrique e Willian em cada ponta. É válido lembrar que o time do parque São Jorge é uma equipe já estruturada pelo técnico Tite. Nada mudou desde 2011. Com a ajuda dos volantes Ralf e Paulinho, o Corinthians tem uma das mais rápidas transições de bola do Brasil, aliadas as subidas dos laterais. É, de fato, um time bastante veloz.

Por outro lado, o São Paulo é uma equipe apenas no começo de sua formação, e pelas alterações do técnico Émerson Leão, sem um horizonte definido. Com a média de idade de apenas 20,81 anos entre seu 11 inicial, é um time sem lideranças, principalmente agora com o desfalque de Rogério Ceni e Luis Fabiano. Depender de jovens como Casemiro,  Lucas e Willian José tão cedo sem uma transição definida não é interessante ao tricolor paulista. E por ironia do destino, o volante/lateral Jean fez muita falta. João Filipe improvisado deixou claro que não pode atuar pelas faixas do campo, apesar de ter atuado boa parte do tempo desprotegido.

Jádson sentiu o peso de ser o camisa 10 na hora de bater o pênalti sofrido por Cortez, em falta de Alessandro. No país, há a crença de que quando um autêntico “camisa 10” adentra as portas de um clube, é nele que toda esperança deve ser depositada. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. O jogador que escreveu sua história no Shakhtar Donetsk, com sete anos de serviços prestados, três campeonatos ucranianos e uma Copa da UEFA, não tem que provar nada. Não está nessa fase em sua carreira. O time precisa esperar para que ele renda o necessário.

Menção honrosa: No Corinthians, Jorge Henrique foi infernal pelo lado esquerdo. Além de ter batido o escanteio que resultou no gol da equipe, cavou a expulsão de João Filipe, enervando todo time são-paulino. Pelo lado oposto, destaco a atuação de Cortez. Por uma lateral, o São Paulo não deve mais ter preocupações.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Flu estreia em jogo tenso na Libertadores 2012


Fluminense inicial - clique na imagem p/ ampliar

 A estreia do primeiro time brasileiro na fase de grupos da Libertadores 2012 não foi fácil como se esperava, ou assim acabou acontecendo. O ímpeto inicial do Fluminense, que acossou o time argentino Arsenal logo nos primeiros minutos, resultou no gol de Fred antes dos três minutos, em jogada de Carlinhos numa bola na linha de fundo cruzada para trás.

O que, curiosamente, apetece aos times brasileiros, principalmente aos cariocas, é o descaso com o resultado mínimo obtido. É nítido que vários clubes ao abrir o placar, relaxam de uma forma absurda, e deixam seus adversários crescerem no jogo. Não é exclusividade do Flu.

Tecnicamente, o time argentino tinha suas peças interessantes como Leguizamon, um bom meio campo de passes e lançamentos, e um bom atacante em Zelaya, sempre perigoso nas bolas altas na área tricolor. Mas o problema estava na marcação do time carioca. Deco por seguidas vezes parou o jogo com faltas no meio campo, e perigosamente não foi expulso ––devido ao estilo de arbitragem das competições sul-americanas. Num campeonato nacional, teria grande chance de ter sido o primeiro expulso do jogo.

Isso ressalta o desequilíbrio da marcação do Fluminense. Fred é de grande ajuda na área em jogadas de escanteio e faltas da intermediária, mas não dá combate na saída de bola do adversário, assim como Wagner e Sóbis que não fizeram um bom trabalho de recomposição do time. Por diversas vezes Diguinho ou Edinho saíam para o jogo e deixavam a defesa exposta aos contra-ataques. A defesa sempre esteve muito próxima da área e do gol, afastada do meio campo.

Carlinhos, apesar do passe ao gol, deixou seu setor desprotegido por diversas vezes, sendo lembrado até mesmo durante a transmissão da Fox Sports, quando o repórter de campo ouviu Deco dizer a Abel Braga que o lateral deveria guardar posição, pois o jogo já estava no fim.

O Fluminense não precisa demonstrar “espírito de Libertadores”. Esta equipe que recebeu a alcunha de “time de guerreiros” parece querer botar à prova sempre que possível que tem raça, e acabou levando o objetivo a sério demais. Isto somado a confusa arbitragem do paraguaio Antônio Árias, levaram o time as expulsões de Wagner (injustamente na minha opinição) e de Leandro Euzébio, o único zagueiro de confiança do elenco.

Menção honrosa: Fred foi o líder de sempre, gritou, gesticulou e até tentou arrumar o time em campo, além claro, do gol marcado logo no início. Juntamente com Deco, levou o Flu à vitória obrigatória como mandante na Copa Libertadores.






segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Santos 1 x 2 Palmeiras: Neymar marca 100º gol, mas Palmeiras vira o jogo


(clique na imagem p/ ampliar)



No primeiro clássico do Paulista 2012, muito pouco foi visto de diferente de Santos e Palmeiras, em relação aos times do ano passado. Com ambos jogando de certa forma no esquema da moda, no 4-2-3-1, tiveram bastante dificuldade no extenso campo de Presidente Prudente, no interior do estado de SP, com temperaturas acima dos 30°.

Visando uma marcação forte em Neymar, Felipe Scolari abriu mão do terceiro meia do esquema para escalar o volante João Vítor, no setor que o aniversariante do Santos (completando 20 anos) mais gosta, o setor esquerdo do ataque. Que por sinal, sofreu novamente com Cicinho, que praticamente não subiu ao ataque, marcando o craque.

O primeiro tempo foi de poucos lances e muita cautela. O Palmeiras praticamente só jogava nos contra-ataques. No segundo tempo, Neymar abriu o placar aos 24 min. ao cabecear a bola de Ganso, em cobrança de falta. Parecia ser mais um dia do Peixe. Somente aos 43 min., Assunção, em cobrança de escanteio, colocou a bola na cabeça de Fernandão para empatar.

De tanto pressionar, o Palmeiras conseguiu provocar a expulsão de Ibson e uma virada com intervalo de dois minutos entre os gols. Aos 45 Juninho arriscou um chute despretensioso da lateral esquerda, e Maranhão tentou cortar, mas acabou desviando para o gol.

No Santos, é nítida a queda de produção de Elano, novamente substituído. O jogador não atravessa boa fase, e ainda não foi sacado da equipe por que Ibson ainda não mostrou o futebol de outros tempos, e não engrenou no Santos como se esperava. Felipão, como no ano passado, joga como possível num time que vê Valdívia bater a cabeça sozinho num meio de campo pouco criativo. Apesar da vitória, o ano não deve ser fácil para o Palmeiras. Temos de esperar a estréia do atacante Hernán Barcos, e a possível efetivação de outros jogadores a titularidade para saber o que é possível ao palestra.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Flamengo 2 x 0 Real Potosí - Fla passa, mas time segue indefinido na Libertadores 2012


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Não foi fácil para o Flamengo aplicar dois gols no time boliviano. Apesar da pressão inicial de procurar o resultado positivo, já que o Fla havia perdido por 2x1 o primeiro jogo,foi com dificuldades que o time rubro-negro carimbou sua passagem a fase de grupos da Libertadores da América.

Trocando Aírton por Bottinelli - em relação a escalação do time em Potosí, o técnico Vanderlei Luxemburgo tentou dar maior poder de fogo ao Fla, colocando um meia com mais opções de jogo e mais habilidade para trabalhar no ataque com R10 e Deivid. Entretanto, o argentino custou a entrar no jogo, ficando muitas vezes preso a marcação fechada do Real Potosi, com a proposta clara de contra ataques.

Jogando no clássico 4-4-2 com um losango no meio de campo, o Fla recuou o cão de guarda Willians para a posição de 1º volante, com dois meias em cada lado (Renato e Luiz Antônio), e com Bottinelli na ponta de ataque do losango. De fato, era o que o Fla podia mandar de melhor ao campo para o jogo.

Renato, que havia jogado na posição do argentino no primeiro jogo da decisão, não é meia nem volante, não tem a técnica nem o passe para jogar nessa posição. Deve ficar um pouco mais recuado e compor o meio do time, que está mal desde o ano passado. Willians não comprometeu, roubou bolas como de costume, mas também fez as mesmas faltas bobas e erros de passe idem. Ainda tenho dúvidas enquanto a este posicionamento para ele. Já o jogador da base Luiz Antônio está mostrando boa evolução em 2012. Está demonstrando o bom futebol que o levou a titular do grande 5x4 contra o Santos em 2011. Tentou bons chutes e levou perigo ao gol adversário.

A zaga, como de costume, deu calafrios na torcida. Sempre entrando na área sem necessidade, Welinton e David Braz não levam segurança ao time, e sofreram mais uma vez com Edgardo " el gordo" Britez, o atacante argentino que fez o gol da virada do time boliviano no primeiro jogo.

Menção honrosa: Léo Moura encarnou o espírito que o time precisava. Jogou do meio campo pra frente, sempre incisivo, sabendo da necessidade e do momento do time. Ronaldinho entrou ligado, como poucas vezes tem feito no Flamengo. Foi coroado com o golaço no fim do jogo.