Besteiras à parte do árbitro Antônio Frederico Schneider, o
clássico carioca entre Vasco e Fluminense foi mais um exemplo da fase diferente
de cada um destes clubes cariocas. O Vasco, que entrava em campo com o peso da
derrota em casa no primeiro jogo da Libertadores, tinha que mostrar a torcida
que o trabalho de 2011 permanecia com o técnico (interino? De fato?) Cristóvão
Borges. Já o Fluminense desfilava suas contratações, com a entrada de Thiago
Neves como titular, invertendo o lado com Rafael Sóbis, praticamente repetindo
a escalação e o esquema do jogo contra o argentino Arsenal.
O problema do Fluminense é de identidade. O ano virou, mas o
time não reparou que Mariano não está mais lá pela lateral direita, subindo com
qualidade e dando opções ao ataque. Se Deco está bem como nunca esteve, e é um
maestro de fato, a zaga volta a vacilar em lances bobos. A defesa é o ponto
central. Qualidade não falta ao Flu, mas sim uma consciência de que a zaga não
pode ficar exposta ou então com apenas dois volantes atrás da linha da bola.
Já o Vasco precisava desse tipo de jogo. Mesmo com Juninho
poupado, o time lembrou o bom futebol de 2011, e que deve mostrar com a
continuidade da temporada de 2012. São
ótimas variações táticas que lembraram o time campeão da copa do Brasil. De
fato, Fágner fez muita falta na estreia da Libertadores, bem como Bernardo. O
time precisa de velocidade, que nunca irá encontrar em Alecsandro e Diego
Souza.
O time se arma, às vezes com três volantes, com Felipe
escapando pela esquerda para armar o time. Altera para um losando no meio, e
também joga com três meias-atacantes, como num 4-2-3-1. Bárbio entrou no jogo,
e caia pelo dois lados do campo, auxiliando o ataque e dando o primeiro combate
na saída de bola tricolor.
Menção Honrosa: Alecsandro foi o jogador que se espera que
ele seja, e que muitas vezes não acaba sendo – o goleador. Ao Fluminense, como
tem acontecido na temporada, fino toque de Deco para Thiago Neves, que nem
precisou ajeitar a bola, após uma ótima linha de passe.
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