Mesmo poupando alguns titulares do setor ofensivo, o
Corinthians manteve sua escrita atual de vencer o São Paulo como mandante jogando
no estádio do Pacaembu. O placar não saiu do magro 1x0, mas quem assistiu ao
jogo viu o time alvinegro tomar a iniciativa na partida, e manter uma posse de
bola superior, com 55% até os 35 min. iniciais do primeiro tempo.
Sem Liédson, Emerson e Alex, o Corinthians manteve seu
padrão de jogo com Élton, ex-Vasco, como homem de área, Danilo pelo meio, na
linha de três meias-atacantes, com Jorge Henrique e Willian em cada ponta. É válido
lembrar que o time do parque São Jorge é uma equipe já estruturada pelo técnico
Tite. Nada mudou desde 2011. Com a ajuda dos volantes Ralf e Paulinho, o
Corinthians tem uma das mais rápidas transições de bola do Brasil, aliadas as
subidas dos laterais. É, de fato, um time bastante veloz.
Por outro lado, o São Paulo é uma equipe apenas no começo de
sua formação, e pelas alterações do técnico Émerson Leão, sem um horizonte
definido. Com a média de idade de apenas 20,81 anos entre seu 11 inicial, é um
time sem lideranças, principalmente agora com o desfalque de Rogério Ceni e
Luis Fabiano. Depender de jovens como Casemiro, Lucas e Willian José tão cedo sem uma
transição definida não é interessante ao tricolor paulista. E por ironia do
destino, o volante/lateral Jean fez muita falta. João Filipe improvisado deixou
claro que não pode atuar pelas faixas do campo, apesar de ter atuado boa parte
do tempo desprotegido.
Jádson sentiu o peso de ser o camisa 10 na hora de bater o pênalti
sofrido por Cortez, em falta de Alessandro. No país, há a crença de que quando um
autêntico “camisa 10” adentra as portas de um clube, é nele que toda esperança
deve ser depositada. Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno. O jogador que
escreveu sua história no Shakhtar Donetsk, com sete anos de serviços prestados,
três campeonatos ucranianos e uma Copa da UEFA, não tem que provar nada. Não
está nessa fase em sua carreira. O time precisa esperar para que ele renda o
necessário.
Menção honrosa: No Corinthians, Jorge Henrique foi infernal
pelo lado esquerdo. Além de ter batido o escanteio que resultou no gol da equipe,
cavou a expulsão de João Filipe, enervando todo time são-paulino. Pelo lado
oposto, destaco a atuação de Cortez. Por uma lateral, o São Paulo não deve mais
ter preocupações.
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